Olha que loucura: Aquele vinhozinho que você curte beber pode estar fadado a acabar.
Em setembro do ano passado, incêndios devastaram vinícolas em Napa Valley, na Califórnia.
Pouco tempo depois e mais um desastre: parte da safra de uvas cabernet, que sobreviveu ao fogo, foi arruinada pela fumaça. Não houve safra de 2020.
Um inverno mais seco que o normal levou a uma terceira calamidade: na primavera, os reservatórios de água ficaram quase vazios – o que prejudicou a irrigação da nova safra.
E em março veio um quarto golpe: seguradoras se recusaram a cobrir vinícolas que haviam pegado fogo.
Tá ligado que essa tragédia tem nome e sobrenome, né? Mudanças Climáticas.
Napa Valley tem algumas das terras mais caras dos EUA, vendendo por até 1 milhão de dólares por acre (ou 4046 m²) – uma tonelada de uvas pode custar até quatro vezes mais do que em qualquer outra região na Califórnia. Difícil existir algum lugar com mais recursos para superar as mudanças climáticas.
A mistura de solo, padrões de temperatura e chuvas, que costumavam ser perfeitos, foi substituída por paisagens queimadas, escassez de água e vinicultores desesperados – que chegaram até a borrifar protetor solar nas uvas na tentativa de evitar a torrefação.
Bem que poderíamos criar uma campanha “Mais vinho, menos aquecimento global”, né? Assim seguimos com nossas tacinhas cheias e o planeta segue vivo!