Você já deve saber que o presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto autorizando a construção de empreendimentos em áreas de cavernas.
Na prática, o texto revoga a regra de que cavernas classificadas com o grau de relevância máximo não podem sofrer impactos irreversíveis e autoriza a destruição do subterrâneo de regiões de todo o país.
Hoje, são mais de 21,5 mil cavernas conhecidas no Brasil. Pesquisadores chamam a atenção para a necessidade de proteção dessas cavernas. Foi em uma dessas cavidades que o crânio de Luzia, o mais antigo fóssil humano encontrado nas Américas, foi encontrado.
A Associação Nacional dos Servidores de Meio Ambiente repudiou o novo decreto e disse que “há riscos de perdas insubstituíveis ao patrimônio cultural, à biodiversidade e à geodiversidade”.
Além disso, especialistas afirmam que alterar ou danificar cavernas coloca espécies naturais em risco de extinção – o que pode destruir barreiras biológicas naturais e elevar o risco de novas epidemias.
Pedro Braga