Existem 20 mil espécies de abelha no planeta. Algumas vivem em grupos organizados, como as bumblebees e as abelhas de mel, outras são solitárias. As solitárias fazem ninho no solo ou no oco das árvores.
Nos lugares mais frios do globo, a abelha-rainha dorme um bom tempo e no início da primavera – época das flores – ela acorda, vai procurar um lugar para estabelecer seu reino e criar as abelhas operárias (as fêmeas que trabalham) e os zangões (os machos, cuja função é fecundar a rainha).
As abelhas e as flores vivem num troca-troca que é bom para todos nós. Cerca de 80% das flores dependem das abelhas para se reproduzir. E 100% das abelhas precisam do pólen e do néctar das flores para viver. Isso sem falar em mais de 1/3 das espécies alimentícias que necessitam da polinização feita pelas abelhas.
E aí entra a mudança climática.
Com a terra em altas temperaturas, as flores surgem mais cedo, as abelhas não conseguem se adaptar e não encontram alimento. Fora a perda de seus habitats naturais por conta dos desmatamentos desmedidos. É um efeito dominó sinistro.
As abelhas pertencem ao Filo Arthropoda, Classe Insecta, Ordem Hymenoptera, Superfamília Apoidea.
E isso para mim é um poema.
Simone Az é colunista das quintas do Fervura. Escreve contos, poemas e tem um romance prontíssimo para sair do forno.
Foto: Renata Buzzo
Consultoria para esse texto: doutora em ecologia pela Unicamp, professora da UFMS, Andrea Cardoso de Araujo.