Papelito Brasil é a primeira marca de sedas do mundo a zerar emissões de CO2
Jah pensou numa brisa 100% sustentável?
Essa é a ideia da @papelitobrasil, que lançou o selo “Somos Carbono Zero”. A promessa é se tornar a primeira empresa do mundo — do setor de acessórios para enrolar ervas secas fumáveis — a compensar totalmente as emissões de carbono de toda a sua cadeia de produção.
A iniciativa sustentável partiu do cálculo das emissões de CO2 relacionadas a todos os processos da empresa e da aquisição de créditos de carbono que, de acordo com a empresa, serão investidos em projetos de mitigação dos efeitos das mudanças do clima. Três frentes compõem o “Plano V”, que contempla todas as ações e metas de sustentabilidade da marca para os próximos anos.
“Neutralizando as nossas emissões, conseguimos equilibrar esse impacto e atingir uma das metas que tínhamos, nos tornar carbono zero. Atualmente existem formas diversas de se neutralizar o carbono de uma corporação, seja através do plantio de mudas, de projetos de redução de emissões não regulados ou o cancelamento de créditos de redução certificados dentro da plataforma da ONU,” explica Kallel Kopp, consultor de sustentabilidade da Papelito.
Ainda de acordo com a empresa, os projetos que geraram os créditos utilizados são todos nacionais e geram, além dos benefícios ambientais, diversos benefícios sociais para as comunidades em que os empreendimentos estão instalados. Outra iniciativa sustentável é o desenvolvimento da ‘Papelito Recicla’, iniciativa onde a empresa se compromete a reciclar o dobro da quantidade de materiais similares aos de suas embalagens.
A terceira, e mais ambiciosa iniciativa, gerará impacto positivo através de ações de recuperação ecológica em diversos locais do Brasil, começando pela Amazônia. Sobre essa ação, a Papelito ainda não deu spoilers: o lançamento oficial ocorrerá em outubro.
Confira a entrevista:
FERVURA: Quantas árvores serão plantadas e onde serão feitos esses plantios?
Kallel Kopp – Consultor de Sustentabilidade da Papelito: Faremos a recuperação ecológica de áreas em diversos locais do Brasil, começando na Amazônia, esse será um projeto contínuo, com metas anuais e com uma ambição enorme. Mas não vamos soltar tantos spoilers ainda, fiquem atentos que mês que vem lançamos nosso Plano V.
FERVURA: Como os créditos de carbono serão convertidos em ações?
Kallel Kopp: Os créditos de carbono garantem que zeremos nossas emissões. Calculamos todas as emissões de gases de efeito estufa de nossa história e neutralizamos elas com o cancelamento de créditos certificados na plataforma oficial da ONU. (Ao cancelar o crédito, garantimos que ele não será utilizado para outro fim, garantindo assim que tenha compensado as emissões). Além de zerar nossas emissões, desenvolveremos diversas outras ações de sustentabilidade. Entretanto, elas não são relacionadas à aquisição de créditos, são ações separadas.
FERVURA: Sobre o tratamento sustentável de fim de vida dos produtos comercializados, de que forma isso será feito?
Kallel Kopp: A compensação ocorre através do nosso Projeto Papelito Recicla – programa inspirado pelo sistema de compensação ambiental da União Europeia, que garante a reciclagem de 66% das embalagens da UE.
Para isso, o primeiro passo foi a homologação e assinatura de termo de parceria com as cooperativas parceiras. Atualmente, trabalhamos com a Cooperativa de Catadores e Recicladores de Brazlândia, mas no futuro homologaremos cooperativas de outros lugares do Brasil.
Em seguida, mensalmente, a papelito quantifica o peso e o tipo das embalagens de seus produtos comercializados e paga para a cooperativa garantir a reciclagem do dobro da quantidade de materiais similares aos de suas embalagens.
Após a destinação (comercialização) pela cooperativa dessa quantidade de materiais, ela emite um Certificado de Reciclagem que é comprovado pelas Notas Fiscais de comercialização dos materiais para Indústria de Reciclagem.
Assim, conseguimos garantir que o dobro de materiais similares aos das nossas embalagens sejam reciclados, compensando o impacto ambiental.
Texto: Pedro Braga
